Horas antes de receber a notícia mais temida, Gigliane da Silva, esposa de Carpegiane de Freitas Lopes, de 45 anos, se uniu aos familiares e amigos no pátio da emergência do Pronto Socorro de Rio Branco para pedir justiça. Naquele momento, Carpegiane seguia lutando pela vida na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), em estado gravíssimo, após o acidente que ocorreu na tarde da última quinta-feira (17), na Via Verde, próximo da terceira ponte.
O grave acidente aconteceu quando uma caminhonete Ford Ranger vermelha, conduzida por Talysson da Silva Duarte, de 27 anos, invadiu a pista contrária, atingindo três motocicletas e atropelando quatro pessoas. Macio Pinheiro da Silva, também de 45 anos, morreu na hora. Fábio Farias de Lima foi socorrido em estado gravíssimo, e Carpegiane e Raiane Xavier Lima Verde foram encaminhados em seguida.
Enquanto Carpegiane permanecia internado, com traumatismo craniano encefálico (TCE) gravíssimo, múltiplas fraturas e escoriações pelo corpo, Gigliane expressava sua dor e revolta, cobrando providências das autoridades.
“Meu marido está lutando pela vida ali dentro, e esse homem segue impune. A nossa família foi destruída. Queremos justiça!”, desabafou, emocionada.
A mobilização da família e da comunidade se intensificou no sábado (19), reunindo dezenas de pessoas para cobrar a prisão do responsável pelo acidente, que até o momento segue foragido.
Infelizmente, na noite daquele mesmo sábado, após três dias de luta, a morte de Carpegiane foi confirmada pela direção do hospital e por familiares.
Agora, além da dor da perda, a família de Carpegiane, os colegas de trabalho e a sociedade de Rio Branco aguardam respostas e esperam que a justiça seja feita. O caso segue sob investigação pela Polícia Civil do Acre.