Rio Branco, AC, 3 de julho de 2025 14:03
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Antiplast Squad: estudantes de escola pública transformam plástico em esperança e inspiração na VI Conferência Nacional pelo Meio Ambiente

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Na última segunda-feira, 30, a Escola Reinaldo Pereira, localizada no Segundo Distrito, foi palco de um verdadeiro movimento de conscientização ambiental. Com o projeto “Antiplast Squad”, alunos do 8º ano mostraram que criatividade, arte e educação podem caminhar juntas na luta por um planeta mais sustentável. 

A iniciativa foi destaque na VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente e conquistou a comunidade escolar com sua abordagem inovadora e engajada.

O evento foi marcado por apresentações artísticas que uniram sustentabilidade e expressão cultural. Um dos momentos mais aplaudidos foi o desfile de moda sustentável, onde os alunos usaram peças confeccionadas com materiais recicláveis como plástico e papel, demonstrando que estilo e consciência ecológica podem se complementar. Em seguida, uma peça teatral impactante alertou sobre os perigos do microplástico para a saúde humana, provocando reflexões profundas no público presente.

A música também foi protagonista: performances de forró e rap autoral levaram mensagens sobre o consumo consciente, o descarte correto do lixo e a preservação dos rios amazônicos. As letras, compostas pelos próprios estudantes, reforçaram o compromisso do grupo com a causa ambiental.

Durante a conferência, um debate coletivo reuniu alunos de diferentes turmas para trocar ideias sobre práticas sustentáveis e como elas podem ser aplicadas no cotidiano. O momento favoreceu o diálogo e fortaleceu o sentimento de pertencimento e responsabilidade coletiva entre os jovens.

O “Antiplast Squad” nasceu da inquietação dos alunos diante do excesso de plástico em seu entorno. Para embasar suas ações, o grupo realizou uma pesquisa com 100 pessoas da comunidade escolar e moradores do Segundo Distrito, investigando percepções sobre o descarte do plástico. Com base nos dados coletados, os estudantes produziram vídeos educativos para as redes sociais, com o objetivo de ampliar a conscientização local.

Mas os planos do grupo vão além. Os alunos já trabalham no desenvolvimento de um bioplástico artesanal feito com recursos de espécies nativas da Amazônia, como alternativa ao plástico convencional. A ideia é que esse experimento sirva como base para a criação de uma futura startup voltada à produção de soluções ecológicas para o dia a dia.

Para o professor orientador do projeto, Gleison Rafael, a iniciativa mostra o verdadeiro poder da educação. 

“Esse projeto evidenciou o poder transformador da educação, que se fundamenta nas vivências dos alunos e no contexto em que estão inseridos. Eles foram protagonistas em todas as etapas, desde a pesquisa até a mobilização. Estamos extremamente orgulhosos do que conquistaram”, disse Gleison Rafael, professor orientador.