Após quase três anos de espera, a Justiça do Acre condenou Rui Barros Vieira pelo ataque que deixou o músico Pedro Lucas de Lima Araújo, conhecido como Pedrinho, cego de um olho. O crime aconteceu em 2022, em Rio Branco, quando o agressor atingiu a vítima com uma chave de fenda, causando dano irreversível ao nervo óptico esquerdo.
O caso ganhou grande repercussão por seu contexto de homofobia. Segundo testemunhas, a agressão teve início após uma discussão banal em um posto de combustíveis. Além do golpe de Rui Barros, outro envolvido no caso, Roney Cavalcante de Mendonça, chegou a disparar uma arma de fogo contra Pedrinho, que conseguiu escapar.
A sentença foi recebida com alívio pelo namorado de Pedrinho, Sérgio de Andrade, que usou as redes sociais para expressar sua opinião. “Não foi a condenação que esperávamos, mas ele foi condenado e este crime não ficou em vão. Hoje, pelo menos, a homofobia e o ódio não venceram”, declarou Sérgio.
O Ministério Público do Acre havia pedido a pena máxima de quatro anos de prisão para Rui Barros Vieira. Quanto a Roney Cavalcante, ele poderá enfrentar sanções restritivas, como a proibição de frequentar bares e casas noturnas.
O desfecho do caso simboliza uma vitória parcial para os que lutam contra a homofobia, embora ainda traga à tona a necessidade de punições mais severas para crimes de ódio.