O falecimento precoce de Joyci Araújo, que foi encontrada desmaiada no banheiro de um hotel há pouco mais de uma semana, tem gerado grande repercussão nos meios de comunicação do Acre, especialmente após a família se pronunciar e afirmar que a mulher foi vítima de abuso psicológico, financeiro e emocional, por parte de um homem que mora no interior de Minas Gerais.
Em uma “live” no Instagram, a família afirmou que Joyci, em um momento de manipulação, transferiu mais de R$ 100.000.00 para o homem que abusava psicologicamente da vítima, e que também Araújo financiou um carro de cerca de R$ 102.000,00 para o suposto mineiro, que usava de diversas afirmações emocionais para manipular a mulher que acabou cedendo em um momento de vulnerabilidade emocional.
A família de Joyci também afirmou durante a transmissão, que a vítima teve o seu Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), de 8 anos de serviço prestado no modelo CLT, resgatado por uma financeira. Uma empresa de captação de recursos para quitação de dívidas, pois ela teria sido pressionada para isso.
Joyci fez empréstimos em diversos bancos como Nubank, Neon e Bemol, e de acordo com familiares, tudo isso ocorreu porque a mulher foi manipulada para acreditar que formaria uma família com o homem que vive no interior de Minas Gerais. Ainda durante a transmissão, a irmã de Araújo informou que a mulher fazia transferências diárias para quem ela acreditava ser o seu amor, com valores variados que passavam de R$ 3.000,00.
Revoltada, a família afirma que a única forma das pessoas entenderem como Joyci Araújo caiu no suposto golpe, é mostrando como o rapaz agia para com a vítima, que estava abalada psicologicamente. A irmã de Joyci afirmou que o homem tem um histórico criminoso, e que para saberem, basta acessar os portais dos tribunais de justiça Brasil afora.
Sinais ignorados
Especialistas alertam para os perigos do abuso psicológico, uma forma de violência muitas vezes invisível, mas com impacto devastador na saúde mental da vítima. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que cerca de 20% das mulheres relatam ter sofrido violência psicológica de parceiros íntimos em 2023, evidenciando a gravidade do problema.
O silêncio e suas consequências
O desfecho da história de Joyci Araújo reacende o debate sobre a importância de identificar sinais de relacionamentos abusivos e promover redes de apoio. A perda de deixa não apenas um vazio entre seus entes queridos, mas também a necessidade de refletir sobre a responsabilidade coletiva em combater o ciclo de violência doméstica e emocional.
Onde buscar ajuda
No Brasil, mulheres em situação de violência podem buscar apoio por meio do número 180, que oferece atendimento gratuito e sigiloso. Também é possível procurar delegacias especializadas, centros de referência e organizações da sociedade civil.