Um “pressentimento de pai” pode ter sido o responsável por impedir a médica Juliana Chiumento, de embarcar no voo 2283 na tarde da última sexta-feira (9). A aeronave, que partiu de Cascavel, no oeste do Paraná, caiu em Vinhedo, interior de São Paulo, causando a morte de todos a bordo.
Juliana, que estava com a viagem marcada, alterou seus planos de última hora após receber um áudio de seu pai, Altermir Chiumento. Na mensagem, ele pedia que ela mudasse a data da viagem para a manhã de sábado, sugerindo que assim a viagem seria mais tranquila. Atendendo ao pedido do pai, a médica decidiu postergar seu voo, o que acabou por salvar sua vida.
“Pressentimento de pai. Eu disse ‘filha, fica mais uma com o pai aqui’ e ela disse que ia tentar remarcar para sábado. […] estou todo dia orando pelos meus filhos. […] muito motivos para agradecer”, disse o pai da médica.
Juliana realiza uma especialização no Rio de Janeiro, onde seria o seu destino final após a conexão em Guarulhos. Algumas das vítimas fatais da tragédia eram amigos da médica, o que torna a situação ainda mais dolorosa para ela.
“A cabeça está a mil, mas graças a Deus tenho muito suporte e está todo mundo me dando muito apoio, mas eu preciso voltar, eu moro no Rio de Janeiro, vou para lá estudar, fico nessa ponte Rio de Janeiro a Cascavel, sempre fazendo conexão em Guarulhos. Toda vez que eu colocar os pés neste aeroporto, subir em um avião, vou lembra desse livramento que Deus me deu”, disse a médica.
O acidente em Vinhedo, além de causar uma profunda tristeza nas famílias e amigos das vítimas, levantou questões sobre as circunstâncias do acidente, que agora estão sendo investigadas pelas autoridades competentes.
Fonte: G1 Globo.
