A interdição da BR-364 por moradores da zona rural de Sena Madureira, nos últimos dias, evidenciou um problema latente no Acre: os impactos sociais e econômicos dos embargos ambientais em comunidades assentadas, como o PAE Antimary.
Os manifestantes alegam que as restrições impostas por órgãos ambientais, como o Ibama, comprometem a subsistência de famílias inteiras que dependem da terra para viver e produzir. Eles reivindicam a presença de autoridades para buscar soluções conjuntas, sem o agravamento da insegurança jurídica no campo.
Diante da urgência do tema, a deputada federal Meire Serafim (AC) deu início a tratativas com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), buscando respostas efetivas para os embargos ambientais que afetam o assentamento PAE Antimary — uma das áreas mais impactadas pelas restrições.
Em audiência realizada no dia 27, a parlamentar esteve reunida com a presidente substituta do INCRA, Débora Mabel, e com o assessor parlamentar Herivelto Barroso, acompanhada do ex-prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim. A deputada defendeu a necessidade de construir um plano de ação que una regularização fundiária, recuperação ambiental e incentivo à produção sustentável nas áreas afetadas.
“Nosso compromisso é construir, junto ao INCRA e demais instituições competentes, soluções concretas que respeitem os marcos legais, mas que também promovam justiça social e desenvolvimento territorial”, afirmou a deputada.
A expectativa é que novas reuniões com órgãos ambientais e fundiários sejam agendadas nos próximos dias, além da possível criação de um grupo técnico interinstitucional para acompanhar os casos dos embargos e elaborar propostas viáveis de regularização e suporte às famílias atingidas.