Com a chegada das tradicionais festas juninas, grupos de quadrilhas se apresentam por todo o Estado do Acre. No entanto, a Quadrilha Junina Forrozeira enfrentou contratempos significativos em algumas de suas apresentações, devido à falta de alguns figurinos. Segundo os participantes, esses trajes não foram entregues pelo estilista Jean Alves Silva de Paula, popularmente conhecido como Jean Calypso.
Jean Calypso é acusado por artistas juninos do interior do Acre, de não ter realizado a entrega de figurinos encomendados. Uma das clientes que afirma não ter recebido o figurino, é Josielma Oraquis de Brito, residente do município de Porto Acre e integrante da Quadrilha Junina Forrozeira.
Josielma relatou ter encomendado um figurino para as festas juninas e efetuado o pagamento no valor de R$ 1.200 em abril de 2024, e que o restante do valor, R$ 200 seria pago no dia da entrega do figurino. A entrega estava prevista para junho, a tempo da apresentação da Quadrilha Junina Forrozeira, mas o figurino nunca chegou às suas mãos, nem o valor foi devolvido.
“Ele me cobrou, de mil e quatrocentos reais, eu paguei pra ele mil e duzentos reais, ficou faltando apenas duzentos reais pra mim poder pagar na entrega do figurino. É um figurino junino, figurino de noiva de quadrilha junina”, disse Josielma.
Sem alternativas, o grupo teve que recorrer aos figurinos do ano anterior. Segundo Josy Orakys (como é conhecida), a equipe precisou encontrar alguém de última hora para confeccionar novas roupas na véspera do concurso, causando transtornos aos participantes.
“Teve apresentações que a gente precisou apresentar com o figurino do ano passado. A gente teve que correr atrás de outra pessoa de última hora, tivemos um gasto dobrado para poder fazer esse figurino de última hora e o nosso figurino ficou pronto sexta-feira passada na véspera do concurso de Sena Madureira”, disse a mulher.
Procurado pelo o Alerta Cidade, Jean Calypso afirmou que os trajes estavam no prazo, e que os clientes queriam alterar o prazo da entrega das roupas. De acordo com o estilista, ele tinha outros clientes para atender além dos que já tinham solicitado o seu serviço.
“Novamente todos os trajes estavam no prazo, porém eles queriam alterar a data pra eu antecipar do nada pra um mês antes, e eu tinha outros clientes pra atender e já que pelas leis eles perdem o direito”, disse Jean Calypso.
Diante da situação, os clientes registraram um Boletim de Ocorrência (BO) contra o estilista, para requerer os seus direitos perante a suposta injustiça causada.