O Instituto Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (IEPTEC), responsável por ofertar cursos técnicos e profissionalizantes em todo o estado, está no centro de uma crescente onda de indignação devido aos constantes atrasos no pagamento dos mediadores educacionais.
Apesar da existência de recursos disponíveis para quitação dos valores devidos, os pagamentos não estão sendo efetivados por pura desorganização administrativa. Os processos, que deveriam ser analisados com agilidade e responsabilidade, seguem travados, atolados em trâmites burocráticos desnecessários e cada vez mais demorados. Faltam análise, falta ação e, principalmente, falta comprometimento por parte da instituição.
O problema não é novo. O que agrava ainda mais a situação é o silêncio e a aparente falta de sensibilidade do IEPTEC diante do sofrimento dos mediadores, que dependem desses pagamentos para sustentar suas famílias, honrar seus compromissos e seguir atuando com qualidade nas salas de aula. Muitos estão há meses sem receber sequer uma previsão concreta, enquanto continuam trabalhando com dedicação e responsabilidade.
“O recurso existe. O que não existe é vontade de resolver”, desabafa um dos profissionais afetados. “Não podemos continuar sendo tratados como invisíveis. Somos parte fundamental do funcionamento da educação profissional no estado.”
A morosidade na liberação dos pagamentos revela falhas graves de gestão e expõe um cenário de desrespeito e abandono com os trabalhadores da educação. A valorização do educador precisa começar com o mínimo: o cumprimento do que é devido em tempo hábil.
A categoria cobra uma resposta imediata do governo e da direção do instituto. A educação profissional não pode continuar sendo sustentada à base da exploração e da negligência. Os mediadores exigem o que lhes é de direito: respeito, transparência e, acima de tudo, pagamento em dia.
