No mês de agosto, diversas regiões do Brasil enfrentam uma combinação perigosa de tempo seco e umidade do ar em níveis críticos. Esse cenário não apenas ameaça a saúde da população, mas também aumenta significativamente os riscos de incêndios florestais e prejudica atividades econômicas, especialmente a agricultura.
A baixa umidade do ar, com índices abaixo de 30% em algumas regiões, está causando uma série de problemas respiratórios. Médicos alertam que a seca agrava condições como asma, bronquite e rinite alérgica, além de aumentar a ocorrência de infecções respiratórias, como gripes e resfriados.
“Quando a umidade relativa do ar está em níveis não recomendados ou perigosos, como por exemplo abaixo de 30%, 20%, e ainda mais crítico, quando está abaixo de 12%, os efeitos negativos sobre a saúde humana são mais visíveis ainda”, explica Jesem Orellana, epidemiologista da Fiocruz Amazônia, em entrevista ao podcast O Assunto desta quinta-feira (22).
Além disso, a desidratação e problemas de pele, como ressecamento e dermatites, também se tornam mais comuns. Especialistas recomendam a ingestão de líquidos em maior quantidade e o uso de umidificadores de ar em ambientes fechados para amenizar os efeitos do clima seco.
O tempo seco em agosto é um dos principais fatores que contribuem para o aumento dos incêndios florestais, especialmente no Cerrado e na Amazônia. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o número de focos de incêndio tem crescido significativamente em comparação aos anos anteriores, resultado de uma combinação de seca prolongada e desmatamento.