Belém, a capital do Pará, acaba de conquistar um título inédito e simbólico: foi oficialmente reconhecida como capital mundial do brega pela ONU Turismo, a Organização Mundial das Nações Unidas para o Turismo. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (30), durante a reunião do Conselho Executivo da entidade, realizada em Segóvia, na Espanha.
A honraria foi entregue ao ministro do Turismo do Brasil, Celso Sabino, que também preside o Conselho Executivo da ONU Turismo. O reconhecimento celebra a importância do brega paraense como expressão cultural autêntica, vibrante e profundamente enraizada na vida cotidiana dos belenenses.
Desde 2021, o brega já é considerado patrimônio cultural e imaterial do Pará, e agora ganha projeção internacional. A relação entre Belém e o brega é indissociável: nas ruas, nos bailes, nas aparelhagens e nas ondas do rádio, o ritmo embala histórias de amor, luta e pertencimento, especialmente nas periferias da cidade, onde o brega é mais do que música — é símbolo de resistência social e orgulho coletivo.
O estilo musical, que vai do romantismo tradicional ao tecnobrega eletrônico, já revelou nomes que ultrapassaram as fronteiras regionais e conquistaram o Brasil e o mundo. Artistas como Pinduca, Wanderley Andrade, Joelma, Gaby Amarantos e Felipe Cordeiro são embaixadores de um gênero que representa com autenticidade o espírito alegre, criativo e resiliente do povo paraense.
Com o título, Belém se firma como um polo cultural global, onde a arte popular ganha força e visibilidade. A nomeação da ONU Turismo não apenas reconhece o valor artístico do brega, mas também promove o turismo cultural na região, impulsionando a economia criativa local e projetando a cidade como destino de experiências únicas e genuinamente brasileiras.
Este é um marco histórico para a música paraense — e, sobretudo, para os milhares de artistas e fãs que mantêm viva, pulsante e inovadora a alma do brega.
Foto: Reprodução/ Agência Brasil
