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Benedita da Silva dá aula de história no plenário e desmente fake news sobre a Constituição de 1988

Um momento de correção histórica marcou o plenário da Câmara dos Deputados durante uma sessão recente e ganhou repercussão nacional. Após uma declaração da presidência dos trabalhos sugerindo que o Partido dos Trabalhadores não teria assinado a Constituição Federal de 1988, a deputada Benedita da Silva, do PT do Rio de Janeiro, pediu a palavra e colocou os fatos em seu devido lugar.

Aos 83 anos, Benedita falou com elegância, firmeza e autoridade de quem viveu a história de perto. Integrante da Assembleia Nacional Constituinte, ela rebateu o que classificou como uma fake news antiga e recorrente. Em sua fala, lembrou que a Constituição Cidadã foi promulgada sob a presidência de Ulysses Guimarães e fez questão de listar nominalmente os integrantes da mesa diretora da época.

Mais do que isso, Benedita afirmou com clareza que ela própria assinou o texto constitucional, assim como os demais parlamentares da bancada do PT. A deputada ressaltou que há uma diferença entre o voto crítico de parte do partido à redação final e a assinatura formal do documento, que ocorreu no ato de promulgação da Constituição em 5 de outubro de 1988.

O posicionamento da parlamentar foi visto como uma verdadeira aula de história em pleno plenário. Nas redes sociais e nos bastidores do Congresso, o episódio foi descrito como uma lapada educativa contra tentativas de reescrever o passado sem base nos registros oficiais.

A Constituição de 1988 é considerada um dos maiores marcos da redemocratização do país, garantindo direitos sociais, civis e políticos após mais de duas décadas de ditadura militar. Para Benedita da Silva, preservar a verdade histórica é também uma forma de defender a democracia.

O episódio reforça a importância do conhecimento e da memória política, lembrando que o debate público deve se apoiar em fatos e não em distorções convenientes. Em poucos minutos de fala, Benedita mostrou que a história não se apaga e que quem esteve lá tem autoridade para conta-la.