Brasil enfrenta explosão de casos de ansiedade e já figura entre as maiores taxas do mundo
O Brasil vive um cenário alarmante no campo da saúde mental. Segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), o país registra uma das maiores taxas de transtornos de ansiedade do planeta, afetando cerca de 9,3% da população. O índice coloca o Brasil no topo do ranking global e acende um alerta sobre a necessidade urgente de políticas públicas eficazes e acesso ampliado a cuidados especializados.
Estudos recentes reforçam a gravidade da situação: entre 1990 e 2019, a prevalência de transtornos de ansiedade no país deu um salto significativo. Os números passaram de 5.894 para 7.410 casos por 100 mil habitantes, um crescimento que especialistas relacionam a fatores sociais, econômicos e culturais que se intensificaram ao longo das últimas décadas.
Para pesquisadores da área, a combinação de desigualdade social, dificuldades econômicas, estresse urbano, violência e mudanças no estilo de vida contribui para o avanço do problema. A popularização das redes sociais e a alta exposição digital também têm sido apontadas como fatores que amplificam sintomas de ansiedade, especialmente entre jovens.
O desafio, agora, está em ampliar o acesso à saúde mental no Sistema Único de Saúde (SUS), fortalecer centros de atenção psicossocial e promover campanhas de conscientização que ajudem a reduzir o estigma ainda existente em torno do tema.