Durante a sessão da Câmara Municipal de Rio Branco da última quarta-feira (9), o vereador Bruno Moraes saiu em defesa dos trabalhadores terceirizados do transporte público. A manifestação ocorreu após denúncias feitas por Francisco Leite Marinho, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes e Cargas no Acre (SINTTPAC), sobre supostas perseguições a funcionários da empresa Ricco, atual concessionária do transporte coletivo na capital.
A fala do parlamentar ocorreu durante o espaço da tribuna popular e reforçou seu compromisso com os direitos dos trabalhadores e a necessidade de um novo ciclo de respeito e responsabilidade no setor de transporte urbano. “Não é a primeira vez que nós ouvimos essa problemática de salário atrasado. Isso é inadmissível”, afirmou Bruno Moraes.
Presidente da Comissão de Urbanismo, Infraestrutura e Transporte, o vereador destacou que não é mais aceitável normalizar atrasos salariais e violações de direitos trabalhistas. “Eu me junto a você porque fui eleito também para que não aconteça mais isso com o trabalhador. E aí eu me incluo, porque o motorista é um trabalhador terceirizado”, declarou, reforçando seu vínculo e solidariedade com a categoria.
Bruno Moraes ainda enfatizou que o foco deve ser em soluções concretas e definitivas: “Não adianta mais tentar organizar ou colocar pontos no contrato anterior. É daqui para frente.” Ele se comprometeu a seguir acompanhando de perto o processo licitatório em andamento, garantindo que os direitos trabalhistas sejam cláusulas obrigatórias nos contratos futuros.
O vereador também fez referência ao decreto municipal nº 4735, de 2016, que estabelece que empresas prestadoras de serviço só podem receber pagamentos mediante a comprovação do pagamento dos direitos e salários dos trabalhadores. “Isso pode e deve ser incluído dentro do novo processo licitatório”, pontuou, se dirigindo ao colega Fábio Araújo, também presente na sessão.
Ao encerrar sua fala, Bruno Moraes foi categórico: “Eu me comprometo com essa categoria, me comprometo com você, principalmente por vocês serem trabalhadores terceirizados.”
