Em entrevista exclusiva ao Alerta Cidade, concedida nesta terça-feira (13) nas dependências da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (ALEAC), o secretário de governo Luiz Calixto comentou a manifestação realizada por integrantes das forças de segurança pública em frente à Casa Civil, no centro de Rio Branco.
Calixto reconheceu as reivindicações dos servidores, mas afirmou que o Governo do Estado precisa agir com responsabilidade fiscal. Segundo ele, o Acre está atualmente impedido de conceder reajustes ou atender às pautas apresentadas pelos manifestantes por conta dos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
“O governo tem que agir com muita responsabilidade com as finanças públicas. Hoje, estamos legalmente impedidos pela LRF de cumprir com os pedidos que foram feitos. Não adianta fazer discurso fácil para enganar o sentimento das pessoas”, declarou o secretário.
Governo promete reabrir diálogo assim que for possível
Apesar das limitações impostas pela legislação fiscal, Calixto afirmou que o compromisso do governador Gladson Cameli (PP) com os servidores públicos permanece firme. Ele garantiu que, assim que houver margem legal, as negociações serão retomadas.
“No momento em que a LRF permitir, todas as discussões serão reabertas. O compromisso do governador Gladson Cameli está em dia, e ele segue empenhado em honrar todos os servidores públicos do Estado”, concluiu.
Entenda o contexto
Mais cedo, servidores da segurança pública realizaram um ato em frente à Casa Civil, cobrando ações concretas do governo diante do avanço da criminalidade no Acre e reivindicando valorização profissional. Os manifestantes afirmaram que a segurança pública vive uma crise de estrutura e reconhecimento, e que não estão sendo ouvidos pela equipe de articulação do governo.
A resposta de Luiz Calixto expõe os limites legais enfrentados pela gestão, ao mesmo tempo em que mantém a porta aberta para o diálogo futuro — uma sinalização importante para conter o clima de insatisfação entre os servidores da área de segurança.
Entrevista