Rio Branco, AC, 8 de janeiro de 2025 12:10
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Caso Joyce: Namorado investigado por morte no Acre tentou enganar a polícia com identidade falsa

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PC-MG) cumpriu, nesta semana, um mandado de busca e apreensão contra Thiago Augusto Sampaio Borges, investigado pela morte de Joycilene Sousa de Araújo, conhecida como Joyce, de 41 anos. O suspeito teve o celular e o carro apreendidos em Itabira (MG), cidade onde reside. O veículo, avaliado em R$ 100 mil, foi registrado em nome da vítima, e as investigações apontam indícios de violência psicológica e patrimonial no caso.

Durante a operação, Thiago foi preso por desobediência e por apresentar falsa identidade, mas foi liberado horas depois após assinar um termo circunstanciado. O delegado Diogo Luna, responsável pela Delegacia Regional de Itabira, confirmou que o suspeito foi ouvido e comprometeu-se a comparecer ao Tribunal Especial Criminal da cidade em data a ser definida.

Acusações da família

A família de Joyce acusa Thiago de indução ao suicídio, além de violência psicológica e patrimonial estimada em R$ 200 mil. Joyce morreu no dia 17 de novembro, após sofrer uma parada cardíaca causada pela ingestão de comprimidos de uso controlado, apenas uma semana depois de registrar o pedido de medida protetiva contra o namorado.

Segundo a filha da vítima, Eduarda Cavalcante, Joyce estava determinada a reaver o carro que havia sido comprado em seu nome, mas que estava sob posse de Thiago. Ela afirmou que a mãe se sentia pressionada pela relação conturbada e que a vítima chegou a buscar apoio jurídico para resolver a situação.

“Na segunda-feira [11 de novembro], ela estava feliz, porque finalmente iria pedir a devolução do carro. Apesar disso, ele ainda fazia resistência e o veículo tinha duas parcelas em atraso, o que acabou sujando o nome dela”, contou Eduarda.

Histórico de conflito

Thiago afirmou em entrevista exclusiva que está sendo vítima de calúnia e difamação, mas desativou suas redes sociais logo após a repercussão do caso. Segundo a família, ele convenceu Joyce a colocar o carro em seu nome alegando que recebia um benefício do INSS por síndrome de burnout, o que impossibilitaria o registro do veículo em seu nome.

Dias antes de sua morte, Joyce foi até a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) para solicitar a medida protetiva. Contudo, o agravamento da relação e os conflitos financeiros culminaram no trágico desfecho.

Próximos passos

A Polícia Civil do Acre segue investigando o caso e aguarda a análise dos materiais apreendidos, como o celular de Thiago, para avançar no inquérito. Um laudo preliminar deverá esclarecer as circunstâncias da morte e aprofundar as acusações de violência psicológica e patrimonial.

A família de Joyce busca justiça e espera que as investigações esclareçam os fatos. “Queremos que a verdade venha à tona e que ele pague pelo que fez à minha mãe”, afirmou Eduarda.