A China adotará tarifas de 84% sobre produtos norte-americanos a partir de quinta-feira, acima dos 34% anunciados anteriormente, informou o Ministério das Finanças nesta quarta-feira, 9.
Pequim também impôs restrições a 18 empresas norte-americanas, principalmente em setores relacionados à defesa, somando-se às cerca de 60 empresas norte-americanas punidas por causa das tarifas impostas por Trump.
A medida foi tomada depois que Trump cumpriu sua ameaça de impor uma tarifa adicional de 50% sobre a China, a menos que o país retirasse suas taxas de retaliação sobre os Estados Unidos, elevando para 104% o total de novas tarifas dos EUA sobre produtos chineses este ano.
“A China insta os EUA a corrigirem imediatamente suas práticas equivocadas, a cancelarem todas as medidas tarifárias unilaterais contra a China e a resolverem adequadamente as diferenças por meio de um diálogo igualitário, baseado no respeito mútuo”, diz a nota.
A China disse à Organização Mundial do Comércio (OMC) nesta quarta-feira que a decisão do governo Trump de impor tarifas recíprocas a Pequim ameaça desestabilizar ainda mais o comércio global.
“A situação se agravou perigosamente. Como um dos membros afetados, a China expressa séria preocupação e firme oposição a esse movimento imprudente”, disse a China em uma declaração à OMC.
Mais cedo, nesta quarta-feira, a China divulgou um documento sobre os laços comerciais entre os EUA e a China, no qual chamou de “inevitável” a diferença comercial entre as duas maiores economias do mundo.
“O desequilíbrio comercial em bens entre a China e os EUA é um resultado inevitável de questões estruturais na economia dos EUA e uma consequência das vantagens comparativas e da divisão internacional do trabalho entre os dois países”, disse o relatório, que foi divulgado pelo Escritório de Informações do Conselho de Estado logo após a entrada em vigor das tarifas mais altas dos EUA. Fonte: IstoéDinheiro.