
Cirurgia bariátrica no SUS avança no Acre com uso de nova tecnologia e gestão eficiente
Em entrevista ao Alerta Cidade, o cirurgião de aparelho digestivo Dr. Romeu Delilo destacou os desafios e avanços no acesso à cirurgia bariátrica pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Acre. O procedimento, realizado por videolaparoscopia — técnica minimamente invasiva — tem trazido benefícios importantes para os pacientes, como recuperação mais rápida, menor agressão cirúrgica e alta hospitalar precoce.
No entanto, o grande obstáculo continua sendo o alto custo dos materiais utilizados, especialmente os kits que incluem grampeadores, pinças de energia e trocáteres, que variam entre R$ 8 mil e R$ 10 mil por cirurgia. O valor repassado atualmente pelo SUS é de apenas R$ 6.340, já incluindo equipe médica, insumos, atendimento pré e pós-operatório.
Apesar disso, o governo do Acre tem mantido uma periodicidade regular nas cirurgias, graças a um planejamento eficiente de licitações públicas. Segundo Dr. Delilo, em 2025 o estado conseguiu evitar interrupções entre contratos, garantindo continuidade no atendimento e acesso a materiais com tecnologia avançada e preço mais acessível.
“A gente está usando no Acre a mesma tecnologia que já é aplicada no Brasil e no mundo. Isso só é possível porque conseguimos unir boa gestão, preço justo e qualidade técnica”, explicou o cirurgião.
Dr. Romeu também ressaltou que o investimento na cirurgia bariátrica tem impacto direto na redução dos gastos públicos a longo prazo. Pacientes obesos, que comumente enfrentam doenças como diabetes, hipertensão, apneia do sono e problemas articulares, tendem a reduzir a frequência nas unidades de saúde após o procedimento, aliviando o sistema.
“Lá na frente, esse paciente deixa de procurar o pronto-socorro ou a UPA com crises de saúde. Isso representa uma economia significativa para o Estado e melhora a qualidade de vida da população”, concluiu.
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