Com a inelegibilidade de Jair Bolsonaro até 2030, o Partido Liberal (PL) considera a formação de uma chapa presidencial para 2026 composta por Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, e Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama. Essa possível aliança visa unir o perfil técnico de Tarcísio com a forte identificação de Michelle com as pautas conservadoras e o eleitorado bolsonarista.
De acordo com a pesquisa Genial/Quaest divulgada em abril de 2025, Tarcísio e Michelle são os nomes mais citados entre os eleitores que votaram em Bolsonaro em 2022, com 24% e 26% de preferência, respectivamente. No eleitorado geral, ambos aparecem tecnicamente empatados, com 15% para Tarcísio e 14% para Michelle.
Levantamento do instituto Paraná Pesquisas, realizado em fevereiro de 2025, indica que tanto Tarcísio quanto Michelle empatam tecnicamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em simulações de segundo turno. Michelle aparece com 42,9% contra 40,5% de Lula, enquanto Tarcísio registra 40,8% frente a 41,1% do petista.
Apesar das especulações, Tarcísio de Freitas tem afirmado publicamente que não pretende disputar a Presidência em 2026. Em declarações à imprensa, ele afirmou: “Não serei candidato”, destacando que apoiará o nome indicado por Jair Bolsonaro.
Michelle Bolsonaro tem intensificado sua presença política desde 2023, organizando eventos e encontros com grupos de mulheres conservadoras em diversas regiões do país. Sua atuação é vista como estratégica para manter a base bolsonarista mobilizada e ampliar sua influência no cenário político nacional.
Com a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, o PL enfrenta o desafio de consolidar uma liderança capaz de manter a coesão do eleitorado de direita. A possível chapa Tarcísio-Michelle surge como uma alternativa que busca equilibrar experiência administrativa e apelo popular, embora decisões finais ainda dependam de articulações internas e do posicionamento do ex-presidente.