Por George Naylor
O clima de apreensão e insegurança paira sobre os comerciantes que atuam nas proximidades do Novo Mercado Velho, no centro de Rio Branco.
Com as chuvas intensas que têm assolado a região, os relatos de rachaduras na passarela e o desmoronamento de parte da estrutura do Mercado dos Colonos no último final de semana aumentaram a preocupação entre os comerciantes.
Atualmente, apenas 20% dos feirantes permanecem no Novo Mercado Velho, enquanto outros estão sendo realocados para um espaço provisório próximo à Biblioteca Pública. A mudança, embora necessária, traz consigo um sentimento de incerteza.
“Estamos a poucos dias do Natal, um período crucial para as vendas. Com esse risco de desabamento, muitos clientes estão evitando vir até aqui. É um temor constante”, desabafa Maria da Conceição, comerciante há mais de uma década na região.
O cenário é ainda mais alarmante, considerando que estudos realizados por órgãos competentes indicam que o solo na área está cedendo cerca de 1 centímetro a cada dois dias. Essa informação alarmante abala ainda mais a confiança dos empreendedores locais. A passarela e aproximadamente 270 metros do calçadão estão sob monitoramento constante por instituições estaduais e pela Defesa Civil Municipal e estadual que buscam estratégias para mitigar os danos causados pelas cheias e secas repentinas do Rio Acre.
“Estamos sem saber o que fazer. Se as vendas caírem ainda mais, muitos de nós podem fechar as portas”, diz Bruno Alves, proprietário de uma barraca de comidas típicas.
Ele enfatiza que o medo não é apenas de um possível desabamento, mas também da percepção negativa que a população pode ter do local. “As pessoas preferem se afastar de uma área que aparenta estar em risco, e isso afeta diretamente nossas vendas.”
A situação é crítica e as autoridades locais têm se mobilizado para tentar minimizar os impactos.
Foto: Agência de Notícias.