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Como funciona o “Ozempic brasileiro”, que chega às farmácias nesta segunda

Os medicamentos Olire, para o tratamento de obesidade, e Lirux, para diabetes tipo 2 — ambos desenvolvidos pela farmacêutica EMS — chegam às farmácias nesta segunda-feira (4). Apesar de terem um princípio ativo diferente, as canetas injetáveis, com produção realizada no Brasil, são consideradas concorrentes nacionais de medicamentos como OzempicWegovyMounjaro, sendo chamadas popularmente de “Ozempic brasileiro“.

Tanto o Olire quanto o Lirux são medicamentos à base de liraglutida, o mesmo princípio ativo dos medicamentos Saxenda e Victoza da Novo Nordisk, cuja patente caiu este ano no Brasil. A molécula é classificada como análoga ao GLP-1, um hormônio produzido pelo intestino e liberado na presença de glicose. Ele sinaliza ao cérebro que estamos alimentados, diminuindo o apetite, além de aumentar os níveis de insulina e equilibrar os níveis de açúcar no sangue.

“Olire e Lirux são medicamentos à base de liraglutida, produzidos a partir de uma tecnologia moderna que envolve a síntese química de peptídeos e é pautada nos guias da FDA (agência americana) mundialmente reconhecidos, reproduzindo a cadeia peptídica com alto grau de pureza e rendimento. Essa tecnologia é a que está viabilizando inclusive as novas gerações de hormônios peptídicos”, explica Iran Gonçalves Jr., diretor médico da EMS.

A liraglutida, diferentemente da semaglutida (princípio do Ozempic e do Wegovy), requer injeções diárias, com dose máxima de 1,8 mg ao dia (Lirux) — com embalagens com uma, duas, três, cinco e dez canetas — e 3 mg (Olire) — com embalagens com uma, três e cinco canetas.

Para quem os medicamentos são indicados?

O tratamento com Olire é indicado para obesidade ou sobrepeso em pacientes com IMC acima de 27, desde que associado a alguma comorbidade, como diabetes tipo 2, hipertensão, dislipidemia (colesterol alto), risco cardiovascular, doenças renais ou coronárias.

Enquanto o tratamento com Lirux é indicado para o tratamento de adultos, adolescentes e crianças acima de 10 anos com diabetes tipo 2, quando dieta e exercício físico sozinhos não conseguem controlar a glicemia.

Segundo estudos clínicos, o Olire possui eficácia média de 8% a 10% de perda de peso ao longo de seis meses a 1 ano. “Embora a liraglutida tenha uma potência menor que a semaglutida (como o Ozempic) e a tirzepatida (como o Mounjaro), ela continua sendo uma opção bastante eficaz para muitos pacientes”, avalia Marcio Krakauer, médico endocrinologista cofundador da G7med, em matéria publicada anteriormente na CNN.

Quanto custa?

Os medicamentos terão preços sugeridos a partir de R$ 307,26 (embalagem com 1 caneta), R$ 507,07 (Lirux com 2 canetas) e R$ 760,61 (Olire com 3 canetas).

A farmacêutica afirmou que, até o final deste ano, 250 mil unidades deverão estar disponíveis no varejo, chegando a 500 mil canetas até o mês de agosto de 2026.

Por: CNN Brasil