A crise de abastecimento em Rio Branco segue se agravando e já atinge duramente a parte alta da cidade. Moradores relatam longos períodos sem água nas torneiras e, para conseguir manter as atividades mínimas do dia a dia, muitos estão sendo obrigados a comprar água de caminhões-pipa. O preço, que pesa no bolso das famílias, chega a R$ 100 por apenas mil litros, valor que antes era considerado inviável para grande parte da população.

Com a situação se tornando rotina, famílias relatam dificuldades para realizar tarefas simples, como cozinhar, lavar roupas, tomar banho ou manter a higiene básica dentro de casa. Há relatos de moradores que precisam racionar cada balde de água para que o volume comprado dure pelo menos alguns dias.

“Estamos pagando caro por algo que deveria chegar naturalmente nas nossas casas. A gente se sente abandonado”, afirma uma moradora da região, que conta ter comprado água três vezes só na última semana.

Embora a parte alta concentre grande parte das queixas, o problema não está restrito a essa região. Diversos outros bairros de Rio Branco enfrentam a mesma realidade: torneiras secas por longos períodos, armazenamento improvisado e gastos extras com água vendida por empresas privadas.