
Dia do Sexo: a história provocadora por trás da data comemorada neste 6 de setembro
Por George Naylor
Neste sábado (6), é celebrado o Dia do Sexo, data que não faz parte do calendário oficial, mas que já entrou para a cultura popular. A escolha não foi por acaso: o 6/9 faz referência direta à posição sexual “69”.
A data foi criada em 2008, por meio de uma campanha da marca de preservativos Olla, com o objetivo de estimular o uso da camisinha, promover discussões sobre sexualidade e quebrar tabus em torno do tema. A estratégia publicitária rapidamente ganhou repercussão e se espalhou pelas redes sociais da época, como o Orkut, consolidando o 6 de setembro como uma ocasião simbólica.
A ideia inicial era ousada: se há datas para mães, pais e crianças, por que não um dia para o sexo origem de todos os outros? A ação, que começou como uma jogada de marketing, acabou abrindo espaço para debates mais amplos.
Hoje, especialistas em saúde e comportamento enxergam a data como uma oportunidade de reforçar a importância do sexo seguro, do consentimento e da diversidade sexual. “Por trás da brincadeira com os números, existe um momento de reflexão sobre prazer, prevenção e respeito”, explica a terapeuta sexual Flávia Teixeira.
Ainda que tenha surgido como uma campanha comercial, o Dia do Sexo passou a ser usado por profissionais da área para estimular a educação sexual. Temas como a saúde reprodutiva, o prazer feminino e a autonomia dos corpos têm ganhado cada vez mais visibilidade nessa data.
De acordo com a sexóloga Tami Bhavani, o 6 de setembro se tornou “uma ferramenta para trazer à tona assuntos que muitas vezes ficam restritos ao espaço privado, mas que dizem respeito à sociedade como um todo”.
Seja como uma lembrança bem-humorada ou como ponto de partida para debates sérios, o Dia do Sexo se consolidou ao longo dos últimos 17 anos. Não é uma data oficial, mas já ocupa espaço no calendário cultural brasileiro como momento para refletir sobre prazer, respeito e saúde.
Neste 6 de setembro, a lembrança vai além da irreverência: é também um convite à responsabilidade, ao diálogo aberto e à celebração da sexualidade em sua pluralidade.