Por George Naylor
No dia 20 de fevereiro, o mundo celebra o Dia Mundial da Justiça Social, uma data proclamada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007, que visa promover a igualdade, a diversidade e a inclusão social.
Este ano, a reflexão se torna ainda mais necessária diante de um cenário global marcado por crescentes desigualdades, crises sociais e políticas.
A ONU destaca que a justiça social é fundamental para a paz e segurança entre os Estados. No entanto, essa paz parece cada vez mais distante em um contexto onde a desigualdade econômica e social se torna mais evidente. De acordo com o relatório da Oxfam, publicado no início de 2023, os 10% mais ricos da população global detêm mais de 76% da riqueza mundial, enquanto 3,1 bilhões de pessoas vivem com menos de 5,50 dólares por dia.
Em diversas partes do mundo, a luta por justiça social se manifesta em protestos e movimentos sociais que buscam garantir direitos básicos, como educação, saúde e trabalho digno.
No Brasil, por exemplo, a disparidade entre classes sociais, a desigualdade racial e a precarização do trabalho são temas que mobilizam a sociedade civil e exigem atenção urgentemente.
A questão racial é um aspecto central na discussão sobre justiça social. Dados do IBGE revelam que a população negra no Brasil enfrenta taxas de desemprego significativamente maiores do que a população branca e, quando empregadas, recebem salários inferiores. Essa realidade não é apenas uma questão econômica, mas uma questão de dignidade e respeito à diversidade cultural que compõe a identidade brasileira.
A ONU, em suas diretrizes, ressalta a importância de um desenvolvimento sustentável que respeite os direitos humanos e promova a inclusão de todos os indivíduos, independente de sua classe social, raça ou gênero.
Neste Dia Mundial da Justiça Social, é essencial que a sociedade civil, governos e organizações internacionais unam forças para promover mudanças estruturais que garantam igualdade de oportunidades. A luta por justiça social não deve ser vista como uma demanda isolada, mas como um compromisso coletivo que requer a participação de todos.
A justiça social não é apenas uma responsabilidade dos governos, mas um dever de todos nós, cidadãos conscientes e ativos. Afinal, somente através do reconhecimento da dignidade humana e da promoção da igualdade é que a paz poderá florescer de maneira duradoura.