Nas eleições da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional Acre, diversos servidores comissionados do Estado e da prefeitura estão relatando pressão para apoiar uma chapa que não corresponde à sua escolha pessoal. De acordo com os relatos, que serão mantidos sob o sigilo da fonte, muitos profissionais do setor público afirmam que estão sendo orientados ou até coagidos por superiores a se posicionarem em favor de uma candidatura específica, contrariando sua vontade.
As denúncias geram preocupação sobre a lisura do processo eleitoral e a liberdade de escolha dos advogados, que deveriam ter total autonomia para votar de acordo com suas convicções. Alguns dos comissionados afirmam temer represálias, como perda de cargos ou isolamento no ambiente de trabalho, caso não sigam as orientações recebidas.
Diante dessas alegações, membros da comunidade jurídica e entidades de classe têm a obrigação de iniciar uma apuração rigorosa das denúncias, para a garantia de um ambiente eleitoral livre de interferências indevidas. A OAB, tradicionalmente um centro da defesa dos direitos e garantias individuais, enfrenta um momento delicado, em que a integridade de suas eleições está sob ameaças veladas. Algo que deve ser colocado à vista de todos.
“Eu não quero apoiar essa chapa. Não faz sentido pra mim. Mas a pressão está grande. Querem se meter em tudo. Eu tenho voz e quero usar. Querem se meter até na nossa entidade de classe?” Afirmou um servidor que por medo de represálias, preferiu não se identificar.
Nenhum candidato se manifestou publicamente até o presente momento.