Diante do agravamento do cenário de estiagem que atinge o estado de forma recorrente, o Governo do Acre, em parceria com o Governo Federal, realizou nesta terça-feira, 22 de julho, a “Oficina de Trabalho Integrada para Resposta e Enfrentamento ao Desastre de Seca”. A ação tem como objetivo fortalecer a articulação entre os entes federativos e intensificar as medidas já em andamento no enfrentamento da escassez hídrica no estado.

Desde março deste ano, o governo estadual atua por meio de um Gabinete de Crise, que reúne mais de 25 instituições públicas e entidades em diferentes frentes de trabalho. Os esforços são voltados à mitigação dos impactos provocados pela estiagem, que afeta principalmente comunidades isoladas e municípios com baixos níveis dos rios.

“Todas as equipes dessas instituições estão em campo, desempenhando suas atribuições em articulação com os entes dos governos federal, estadual e municipal, com o objetivo de unir forças para reduzir os efeitos de um evento mais severo”, destacou o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista.

A oficina contou com a participação de representantes de três ministérios federais: Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), Saúde (MS) e Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). Também estiveram presentes técnicos estaduais e municipais diretamente envolvidos nas ações emergenciais.

“Em momentos de crise, a integração é fundamental. Este seminário busca exatamente essa cooperação entre esferas de governo. Estamos unindo estratégias para otimizar o monitoramento e fazer com que a assistência chegue mais rápido às áreas críticas”, afirmou Ítalo Medeiros, coordenador da Secretaria de Estado da Casa Civil (SECC).

Eixos de atuação

A atividade foi dividida em cinco eixos temáticos:

Monitoramento: acompanhamento em tempo real da estiagem, com análise hidrometeorológica e mapeamento de áreas críticas. Assistência Humanitária: ações emergenciais para garantir água potável, alimentos e insumos essenciais, com foco em comunidades vulneráveis. Logística Operacional: articulação de meios e recursos para garantir a chegada de ajuda humanitária às localidades afetadas. Proteção Social: atendimento direto à população impactada, especialmente em situação de risco social. Saúde Pública: prevenção e resposta a surtos e doenças relacionados à seca e ao uso de água contaminada.

A estimativa é de que a estiagem deste ano seja uma das mais severas da última década, com impactos já visíveis no nível dos rios, qualidade da água e abastecimento em áreas rurais e ribeirinhas. O Governo do Acre segue em alerta e articula novas medidas emergenciais para os próximos meses, período em que a seca costuma se intensificar.