Rio Branco, AC, 21 de junho de 2025 10:23
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Especialista descarta risco de Terceira Guerra Mundial no conflito Israel‑Irã, apesar de escalada

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Em entrevista ao portal Metrópoles, o professor e especialista em Oriente Médio André Lajst afirmou que, apesar da recente escalada de ataques entre Israel e Irã, não há risco real de o confronto evoluir para uma Terceira Guerra Mundial. Segundo ele, não existe envolvimento direto de potências militares de grande porte, e tampouco há interesse por parte de Estados Unidos ou Rússia em entrar diretamente no conflito  .

“Não há chance de uma Terceira Guerra Mundial. Para isso, você precisa ter duas potências envolvidas. E, aqui, não temos nenhuma. O Irã não tem um exército grande o suficiente…” 

Lajst também comentou a postura da Rússia, comparando-a à dos EUA no conflito com a Ucrânia:

“Eu não vejo agora a Rússia interessada em entrar em uma guerra para proteger os interesses iranianos, da mesma forma que a gente não vê os Estados Unidos entrando em conflito direto com a Rússia por causa dos interesses da Ucrânia” 

O posicionamento de Lajst surge em meio à sequência de ataques que marcaram os últimos dias. Na madrugada de sexta-feira (13/6), Israel realizou ataques aéreos contra alvos militares e nucleares no Irã, resultando na morte de pelo menos 60 pessoas, entre elas 20 crianças, conforme notícias de imprensa estatal iraniana. Em resposta, o Irã lançou mais de 150 mísseis balísticos e cerca de 100 drones contra Israel, incluindo áreas residenciais em Tel Aviv, causando vítimas e feridos  .

As tensões não dão trégua: Israel respondeu bombardeando refinarías e instalações nucleares iranianas, com mortes de militares e cientistas iranianos, elevando o perigo de escalada regional  . Ainda assim, segundo Lajst, a ausência de intervenções diretas por parte de potências internacionais impede que o episódio se transforme em um embate global.

O especialista reforça que a falta de apoio militar explícito dos EUA ao lado de Israel, e da Rússia ao lado do Irã, mantém o conflito restrito a um conflito regional – embora perigoso e de consequências graves – sem perspectivas de alcance global.

A comunidade internacional acompanha com atenção, mas mantém-se distante do confronto direto. Entretanto, qualquer erro de cálculo ou envolvimento de aliados poderia alterar drasticamente este cenário.