Vídeo que circula nas redes mostra um corte da coletiva que o técnico Ramón Díaz, do Internacional, deu após o empate do clube contra o Bahia. Irritado com a anulação de um gol, o treinador argentino utilizou uma expressão que rapidamente foi classificada como machista: “O futebol é para homens, não é para meninas, é para homens”, declarou o técnico em tom de desabafo sobre a arbitragem.

A fala gerou uma onda de críticas imediatas de torcedores, jornalistas e ativistas que condenaram a frase, vista como desrespeitosa e excludente, especialmente em um momento de ascensão do futebol feminino. O próprio Ramón Díaz publicou um pedido de desculpas em suas redes sociais, reconhecendo o erro e lamentando a “comparação infeliz”, com o Sport Club Internacional também se manifestando em compromisso com a igualdade.

No entanto, a polêmica ganhou uma segunda camada, pois boa parte dos internautas saiu em defesa do técnico, argumentando que a fala teria sido tirada do contexto. Para esse grupo, a expressão “não é para meninas” seria uma forma, ainda que infeliz, de se referir à falta de “pulso firme” ou “coragem” da arbitragem em tomar decisões difíceis, e não uma crítica direta às mulheres no esporte.

Apesar do pedido de desculpas e da tentativa de contextualização, o debate sobre o uso de expressões machistas no esporte e a interpretação de contextos segue acalorado nas plataformas digitais, com a opinião pública dividida.