Família de criminosos mortos em confronto com a polícia, diz que homens foram esfaqueados e mutilados
Manifestantes da Vila Cruzeiro, na Zona Norte do Rio de Janeiro, seguem protestando nesta quarta-feira (29) após a histórica megaoperação realizada pelo governo estadual. Revoltadas, mães e moradoras de diferentes comunidades se reuniram para denunciar o que chamam de “chacina” e exigir justiça pelas vítimas da ação policial.
Durante o protesto, uma das mulheres afirmou que ainda há corpos espalhados na região e criticou duramente a brutalidade da operação. Segundo as manifestantes, a ação ultrapassou todos os limites e deixou um rastro de dor e indignação entre os moradores.
Além das denúncias sobre a violência policial, o grupo também acusou as autoridades de negligência no atendimento aos feridos. As mulheres relataram que o Hospital Getúlio Vargas teria isolado o CTI para priorizar o atendimento de policiais, deixando outras vítimas sem suporte imediato.
As manifestantes compararam o cenário nas favelas do Rio a zonas de guerra, citando conflitos em países como Israel e Iraque, e cobraram do governo estadual e das forças de segurança respostas concretas sobre a operação e as mortes registradas.
O protesto reforça o clima de tensão que domina a cidade desde o início da megaoperação, considerada a mais letal da história do estado, e reacende o debate sobre os limites da força policial e o impacto das ações de segurança pública nas comunidades cariocas.