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Flamenguista, Rodrigo Aiache vota por absolver Bruno Henrique, e tem imparcialidade questionada no mundo do esporte

A decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que absolveu o atacante Bruno Henrique da pena de suspensão continua dominando o noticiário esportivo nacional. Entre os pontos mais discutidos está o voto do vice-presidente do tribunal, Rodrigo Aiache, cuja participação se tornou o principal foco da controvérsia.

Aiache acompanhou o relator no entendimento de que não havia elementos suficientes para punição por manipulação de resultado, votando pela conversão da suspensão em multa. O posicionamento dividiu opiniões dentro e fora do meio jurídico-esportivo e passou a ser amplamente explorado pela imprensa nacional e por sites regionais do Acre, estado de origem do auditor.

Portais locais ressaltaram que Rodrigo Aiache é identificado publicamente como torcedor do Flamengo e a informação repercutiu em reportagens e redes sociais, e que rapidamente se tornou combustível para o debate sobre possível conflito de interesse no julgamento que envolvia um atleta do clube carioca.

A menção a essa relação foi usada por críticos para questionar a imparcialidade do voto, enquanto especialistas lembram que o CBJD não impede que auditores tenham preferência clubística, desde que não tenham vínculos profissionais ou associativos com o clube em questão.

Programas esportivos e analistas jurídicos passaram a discutir o alcance da decisão e os fundamentos do voto apresentado por Aiache. A absolvição de um jogador de grande visibilidade, somada à repercussão da preferência clubística atribuída ao auditor, fez o caso ultrapassar o ambiente jurídico e ganhar espaço no debate público nacional.

Com a ampliação das discussões nas redes sociais, especialistas defendem que o STJD adote medidas de maior transparência na divulgação dos votos e das fundamentações individuais dos auditores, especialmente em julgamentos que envolvem atletas de alta projeção.

A decisão deve continuar gerando repercussão nas próximas semanas, diante do impacto esportivo e simbólico do caso. Para parte dos analistas, o episódio pode acelerar discussões sobre critérios de composição do tribunal e sobre a necessidade de blindagem institucional contra pressões externas sejam elas midiáticas, políticas ou associadas ao ambiente das torcidas.