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Gladson se irrita com divisão e questiona organização durante show na Expoacre; governador queria o melhor espaço pra todo mundo

Durante o show da dupla Zezé Di Camargo & Luciano, na noite da última segunda-feira (28), o governador do Acre, Gladson Cameli (PP), foi flagrado exaltado ao se deparar com uma área isolada na frente do palco. Segundo relatos, Gladson questionou diretamente os seguranças e buscou se informar com o público sobre o motivo da separação entre os espaços pagos e a plateia geral.

Visivelmente incomodado, o governador teria dito que a Expoacre “é do povo” e que não era justo restringir a melhor vista apenas a quem pagou por camarotes, defendendo que todos tivessem acesso igualitário ao show. A atitude foi vista como um gesto de quem se importa com a população e não concorda com barreiras que excluem.

A cena repercutiu nas redes sociais e aconteceu em meio a uma disputa envolvendo a comercialização dos espaços premium no evento.

A reação de Gladson chamou atenção não apenas pelo tom enérgico, mas pela forma como ele dialogou diretamente com as pessoas ao redor, perguntando se estavam conseguindo ver o show e se sentiam prejudicadas pela divisão do espaço. Para quem acompanhava de perto, ficou claro que o incômodo do governador vinha da percepção de que o povo estava sendo colocado em segundo plano em um evento público.

Nos bastidores, a discussão também expôs um conflito sobre a organização do evento. A área em frente ao palco foi alvo de uma negociação comercial entre empresários e a coordenação da Expoacre, o que gerou críticas de parte do público. A cobrança de Gladson, feita ali, no meio da multidão, acabou simbolizando a defesa de um acesso mais democrático às atrações da feira, que neste ano celebra seus 50 anos.

Apesar de ainda não haver uma nota oficial do governo sobre o episódio, aliados próximos afirmam que Gladson agiu por impulso, mas movido por um sentimento de justiça. Para ele, a Expoacre representa uma celebração popular, e não apenas um palco para espaços reservados ou privilégios. A presença dele no meio do público e a busca por respostas diretamente com os seguranças e participantes reforçam essa postura.

Enquanto isso, a organização responsável pelo espaço comercializado afirma que todas as decisões foram feitas em acordo com a coordenação da feira e que ajustes já foram feitos para melhorar a experiência do público. Ainda assim, o desconforto expresso pelo governador e a repercussão nas redes sociais colocaram em debate a forma como os espaços de grandes eventos públicos são geridos, e quem, de fato, tem acesso à melhor parte da festa.