O Governo do Estado do Acre decretou no último domingo (25), estado de emergência em 17 dos 22 municípios acreanos devido as inundações causadas pela elevação dos níveis dos rios e igarapés.
Nesta manhã, o Rio Acre ultrapassou a cota de transbordo com 15 metros e 92 centímetros. O governador Gladson Cameli (PP) segue em articulação com o governo e bancada federal, para que o atendimento às famílias atingidas no estado seja rápido e amenize os impactos.
Em algumas comunidades indígenas já há pedido de ajuda para mantimentos, como alimentos, água potável e kits de higiene, haja vista que as aldeias também foram inundadas e perderam suas produções. Uma reunião com as entidades do governo estadual, federal e representações indígenas ocorreu ainda neste domingo com o objetivo de traçar estratégias, dividir demandas e definir o papel de cada nesse suporte.
O ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, colocaram-se à disposição do governador para oferecer ajuda. Em breve eles estarão acompanhando as enchentes para organizar ações emergenciais.
Além do contato feito com o governador, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional também se posicionou em suas redes sobre a situação no estado do Acre e confirmou que deve sentar com a bancada federal para alinhar estratégias.
A cidade mais crítica é Jordão, município isolado de pouco mais de 9 mil habitantes e que teve 80% da população atingida pelas águas do Rio Tarauacá. Neste domingo, o prefeito Naudo Ribeiro decretou situação de emergência e calamidade pública na cidade.
Os dados reforçam a urgência de atendimento a essas comunidades atingidas. Nas nove cidades mais críticas, há 46 abrigos públicos atendendo 5.578 pessoas desabrigadas. Além disso, há 5.703 pessoas desalojadas.