A aplicação da prova para os cargos da Educação, realizada no último domingo, 13, foi marcada por sérios problemas organizacionais que comprometeram a credibilidade do processo seletivo. Candidatos denunciaram uma série de irregularidades cometidas pela banca responsável, a empresa Nosso Rumo, colocando em xeque a lisura do concurso e a transparência do certame.
Um dos relatos mais graves envolve a entrega das provas sem o lacre de segurança. Em diversas unidades de aplicação, candidatos relataram que os envelopes contendo os cadernos de questões já estavam abertos antes do início da prova. Ao questionarem a coordenadora local, receberam a resposta de que poderiam apenas assinar a ata e desistir da avaliação, já que “outra turma já estava em andamento”. A situação gerou indignação entre os candidatos, que consideraram a justificativa inaceitável diante da seriedade do concurso.
Outro problema apontado foi a falta de orientação adequada no momento da redação. Segundo denúncias, fiscais e coordenadores instruíram candidatos a redigir o texto definitivo diretamente na folha de rascunho, sem fornecer qualquer explicação sobre a estrutura correta do exame. Como consequência, muitos candidatos, em sua maioria estreantes em concursos, foram desclassificados injustamente, confiando nas instruções repassadas pelos próprios organizadores.
As falhas organizacionais e a desinformação provocaram revolta entre os participantes, que cobram uma apuração rigorosa dos fatos, a responsabilização da banca organizadora e medidas imediatas por parte do governo do estado para garantir a integridade do concurso.
Diante da gravidade das denúncias, candidatos já se mobilizam para formalizar queixas junto ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas, exigindo transparência e respeito com todos os participantes do certame. A expectativa é que as autoridades competentes acompanhem de perto a apuração e garantam que os direitos dos candidatos sejam preservados.
