Após 15 anos de serviço na Polícia Militar do Acre (PMAC), o 2º Sargento PM Éder encerrou sua trajetória na corporação com uma carta aberta que traz uma reflexão profunda sobre a vida dentro da instituição. Em suas palavras, ele expõe os desafios, as vitórias, as angústias e, principalmente, os silêncios que muitas vezes acompanham a rotina dos policiais militares.
“Ser policial é, sobretudo, uma razão de ser: é enfrentar a morte, mostrar-se forte no que acontecer”. A farda exige entrega total que muitas vezes é feita com a própria vida. Nós, PMs, juramos proteger com o que temos de mais valioso”, diz trecho da carta.

Contudo, o sargento alerta para um problema interno pouco discutido: o autoritarismo e as relações hierárquicas tóxicas que afetam a saúde mental dos policiais.
“Mas, ao me despedir, preciso fazer uma reflexão corajosa: nem tudo dentro da corporação é falado, e há silêncios que pesam mais que as fardas. O ambiente interno ainda tem traços de autoritarismo que mtas vezes levam a relações hierárquicas tóxicas, que minam a saúde mental dos PMs”, revelou o militar.
O 2º Sargento Éder deixa um legado de coragem e sinceridade, especialmente para seus irmãos de farda da turma de 2009, a quem chamou de “a melhor que este estado já viu e vai ver”. Com respeito e gratidão, ele encerra sua carta desejando que os próximos passos da Polícia Militar do Acre sejam de mudança e valorização de seus integrantes.
“Aos meus irmãos de farda, em especial à turma de 2009 (a melhor que este estado já viu e vai ver): sigam firmes e “quem faz bem feito faz uma vez só”. À PMAC: Muito obrigado. E que os próximos passos sejam de crescimento, diálogo e mudança. Com respeito, gratidão e coragem”, finalizou Éder.
