Um vídeo que vem ganhando atenção nas redes sociais traz uma denúncia de suposto abuso por parte de policiais do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTRAN). No registro, um homem narra uma situação tensa vivenciada por ele e seus familiares, durante uma abordagem policial em que, segundo ele, ocorreram excessos e agressões.
O incidente teria ocorrido quando o homem estava a caminho de casa após sair de um culto religioso e se deparou com o carro de seu cunhado sendo abordado pela PM. Ao se aproximar para tentar entender a situação, ele afirma que um dos policiais reagiu de forma agressiva, quando ele teria afirmado que o trabalho da polícia era apenas cumprir ordens de arrecadação. No relato, o homem ainda menciona que, em determinado momento, um policial “pulou do meio-fio” e engatilhou uma arma em seu rosto, ameaçando guinchar o veículo.
Além da violência verbal, o homem alega que seu filho ao pedir respeito por ele, os policiais deram voz de prisão ao jovem. Segundo ele, os policiais teriam se dirigido à eles como “igreja do satanás” e “faccionado”, uma situação que teria culminado em agressões físicas e no dano ao óculos de outro integrante da igreja.
No vídeo, o denunciante expressa seu repúdio ao comportamento dos policiais, descrevendo-os como “delinquentes” sem preparo ou qualificação para desempenharem funções de segurança pública. Ele reforça que os policiais não têm a personalidade necessária para atuar de maneira ética e respeitosa com a população, e lamenta que a ação da PM tenha gerado um ambiente de confronto, ao invés de proteção.
O Alerta Cidade entrou em contato com a Assessoria da Polícia Militar do Acre, que informou que durante o momento da abordagem, os militares observaram que no interior do veículo estavam cerca de oito pessoas, bem como foram constatadas as seguintes irregularidades: o veículo não possuía placa traseira, o sistema de iluminação traseira (lanterna de freio, luz de ré e setas de direção) não funcionava, o farol direito estava apagado, e a documentação encontrava-se em atraso desde o ano de 2022.
Segundo a PMAC, foi informado ao condutor que o veículo seria removido ao pátio do Detran, quando um dos passageiros realizou uma ligação para uma pessoa a quem se referia como pastor, que compareceu ao local acompanhado de outras pessoas. O grupo dirigiu-se à equipe policial de forma agressiva e exaltada, desobedecendo a ordem de parada dada pelos militares. O grupo continuou avançando em direção à guarnição agressivamente, o que levou um dos policiais a carregar a escopeta calibre .12, com munições de elastômero (borracha) e a utilizar agente químico (spray de pimenta) para dispersar o grupo. O militar passou a ser xingado por um indivíduo do grupo, momento em que foi dada voz de prisão a ele por desacato.
Além disso, a PMAC informou que o homem resistiu à prisão, momento em que uma mulher tentou impedir o trabalho da equipe policial, mesmo após ser advertida para se afastar, desobedeceu às ordens, atrapalhando a ação policial. Com o apoio da equipe do Giro os indivíduos conseguiram ser contidos. Já na delegacia, o homem ameaçou os policiais, dizendo: “isso não vai ficar assim e vou me vingar”. Ambos os detidos foram apresentados na Delegacia de Polícia Civil.