O lixão da capital acreana voltou a ser cenário de um incêndio, trazendo à tona questões já discutidas no ano passado.
Moradores das redondezas estão compartilhando vídeos nas redes sociais, mostrando chamas e fumaça se elevando do local, o que gerou preocupação sobre os impactos ambientais e à saúde pública.
As denúncias de moradores e imagens que circulam nas redes sociais reforçam a percepção de que a problemática dos resíduos urbanos segue sem uma solução efetiva, colocando em risco a saúde da população e a preservação do meio ambiente.
O incêndio no aterro sanitário, que já foi objeto de investigações por parte do Ministério Público do Acre (MP-AC), ocorre em um momento delicado para a gestão de resíduos sólidos na cidade. Em outubro de 2022, um relatório do Núcleo de Apoio Técnico (NAT) apontou que a Unidade de Tratamento de Resíduos de Rio Branco (UTRE) operava de forma irregular, sem atender às normas ambientais exigidas.
O MP-AC, que já havia tomado medidas para solicitar a desativação do aterro, reiterou a urgência da situação em uma ação judicial. “No mérito, a ação requer ainda a restauração da área degradada em 180 dias e a condenação do Município de Rio Branco ao pagamento da indenização pecuniária pelos danos ambientais no montante de R$ 10.260.140,08”, informou o órgão em nota.
As apurações realizadas pelo MP-AC revelaram que a situação do lixão é crítica. Em 2022, foram identificadas irregularidades no descarte de resíduos sólidos, levando o órgão a solicitar uma vistoria na UTRE.
O incêndio no lixão não apenas provoca uma nuvem de fumaça tóxica que se espalha pela cidade, mas também levanta questões sobre a responsabilidade do poder público em garantir uma gestão adequada dos resíduos sólidos. A comunidade clama por ações efetivas que assegurem a desativação do aterro e a implementação de alternativas sustentáveis para o tratamento de lixo.
A situação em Rio Branco se torna um alerta para outras cidades que enfrentam desafios semelhantes no gerenciamento dos resíduos sólidos. A urgência de uma resposta eficaz e a mobilização da sociedade civil são fundamentais para garantir um futuro mais saudável e sustentável.