A ex-diretora da ala feminina do presídio do Acre, Maria Dalvani, foi recepcionada no consulado dos Estados Unidos, junto a outros servidores da segurança pública, para um curso de formação da SWAT. A iniciativa, viabilizada por uma emenda parlamentar do deputado federal Coronel Ulysses, tem como objetivo aprimorar o preparo dos profissionais acreanos com técnicas avançadas de combate ao crime, gerenciamento de crises e operações táticas.
No entanto, a participação de Maria Dalvani no curso gerou polêmica, já que ela é alvo de uma investigação movida pelo Ministério Público do Acre, iniciada no final do ano passado, por suposta tortura contra detentas no presídio feminino. A possibilidade de que sua viagem tenha sido financiada com recursos públicos aumentou as críticas sobre o critério de escolha dos participantes e a destinação do dinheiro público.
O promotor Thalles Ferreira Costa, coordenador do Grupo de Atuação Especial na Prevenção e Combate à Tortura (Gaepct), determinou a apuração de denúncias de presas contra Maria Dalvani.

A situação levanta questionamentos sobre a prioridade na seleção dos agentes beneficiados e se há mecanismos de controle para evitar que servidores sob investigação recebam esse tipo de capacitação custeada pelo Estado. Até o momento, nem o deputado Coronel Ulysses nem o governo do Acre se manifestaram sobre o caso.
Vale ressaltar que em 2024 o Instituto de Administração Penitenciária (IAPEN) foi alvo de diversas críticas, que se baseiam desde à morte de detentos até mesmo em fugas contínuas.