O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado nesta quinta-feira (21), pela Polícia Federal (PF), no âmbito do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado no Brasil, após sua derrota nas eleições presidenciais de 2022. Além de Bolsonaro, outras 36 pessoas foram indiciadas por suspeita de envolvimento em tramas golpistas e nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.
Entre os suspeitos, estão ex-ministros de confiança de Bolsonaro, como Anderson Torres (Justiça), general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), e Walter Braga Netto (Defesa). Também figuram na lista o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o ex-assessor presidencial Marcelo Câmara.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também foi indiciado. Delator no caso, Cid prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, marcando a última etapa da investigação conduzida pela PF.
O inquérito investigou não apenas os atos antidemocráticos de janeiro, mas também articulações golpistas durante as eleições presidenciais de 2022. A apuração revelou um suposto plano de assassinato contra o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSD), e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
O relatório final foi encaminhado ao STF e será analisado pela Corte, responsável por decidir os próximos passos do processo. O caso pode levar a novas etapas judiciais, com denúncias formais contra os envolvidos.