Juíza do TRT-2 é investigada por conciliar medicina em tempo integral com expediente no tribunal
A juíza Adriana de Jesus Pita Colella, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2), está sob investigação da Corregedoria da Justiça do Trabalho por suspeita de conciliar, de forma incompatível, o expediente presencial no tribunal com a frequência em período integral no curso de Medicina.
O caso foi levantado devido à evidente sobreposição de horários entre o internato médico, que exigia mais de 90% de presença das 8h às 17h, e o trabalho no TRT-2, com expediente das 11h30 às 18h, por quase dois anos.
A investigação corre em sigilo e foi motivada pela impossibilidade física de a magistrada cumprir simultaneamente as obrigações presenciais nas duas atividades.
Dentro do próprio tribunal, a situação gerou dúvidas sobre o real cumprimento da carga horária tanto no internato quanto no trabalho, levando alguns magistrados a tentarem impedir a promoção da juíza, que foi mantida pelo TRT-2.
O tribunal afirmou que não há proibição para que juízes estudem e que a produtividade da magistrada foi acompanhada.
Contudo, a Corregedoria iniciou a apuração para esclarecer a suspeita de “dupla jornada incompatível”. A juíza tem previsão de formatura no curso de Medicina para dezembro.