As negociações entre os partidos Progressistas (PP) e União Brasil para a formação de uma federação partidária estão avançando e podem impactar significativamente o cenário político nacional e estadual nas eleições de 2026. Caso a aliança se concretize, as duas siglas terão a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 101 parlamentares, além de um fundo partidário superior a R$ 1 bilhão.
A possível união fortalece figuras políticas em diversos estados, incluindo o Acre. No estado, o governador Gladson Cameli (PP) e o senador Allan Rick (União Brasil) já podem estar articulando essa aliança, que pode beneficiar diretamente o cenário político acreano, tornando-o Allan ainda mais competitivo na disputa por cargos majoritários, que desponta como o preferido para vencer as eleições em 2026, diferentemente da natural candidata do PP, Mailza Assis.
Impacto no governo Lula
A federação entre PP e União Brasil também pode influenciar na permanência do ministro dos Esportes, André Fufuca (PP-MA), no governo. Segundo apuração, os partidos devem primeiro formalizar o bloco partidário para, em seguida, decidir se manterão os cargos que ocupam na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Nos bastidores, cresce a pressão para que Fufuca deixe o Ministério dos Esportes. Parlamentares do PP argumentam que está cada vez mais difícil sustentar um discurso de oposição ao governo enquanto o partido mantém uma pasta ministerial. O presidente do PP, Ciro Nogueira, um dos principais líderes da oposição, tem sido uma voz ativa contra a permanência da sigla no governo.
Federação pode superar o PL e atrair novas alianças
Caso a federação se concretize, o bloco formado por PP e União Brasil será maior que a bancada do PL, que atualmente conta com 99 deputados. Além disso, as lideranças do PP tentam atrair o Republicanos para essa aliança, formando um “super bloco”. No entanto, a cúpula do Republicanos descarta a adesão, pois pesquisas internas indicam que a maioria da bancada é contra a união.
Apesar dos avanços na negociação, os desafios ainda estão nos acertos regionais. Em diversos estados, lideranças do PP e do União Brasil disputam quem terá o maior controle sobre a federação. A expectativa é que os partidos avancem nas definições nos próximos meses, consolidando uma estratégia unificada para as eleições de 2026.