Garis que atuam no bairro Bosque, em Rio Branco, foram surpreendidos na noite deste sábado (15), ao encontrarem uma grande quantidade de lixo hospitalar misturado ao lixo doméstico em uma lixeira comum na Rua Manoel Barata. Entre os materiais abandonados estavam seringas, agulhas, scalp, abocath e outros itens perfurocortantes utilizados em procedimentos de saúde.

O flagrante chamou atenção pelo risco que representa tanto para os trabalhadores da coleta quanto para a população. Materiais desse tipo costumam ter contato direto com sangue e fluidos corporais de pacientes, podendo causar contaminações e acidentes graves quando manipulados de forma inadequada.

Conforme normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), todo resíduo de serviços de saúde é de responsabilidade da unidade onde foi gerado — hospitais, clínicas, laboratórios ou consultórios. Esses estabelecimentos são obrigados a separar, identificar e contratar empresas especializadas para o descarte correto. Jogar resíduos hospitalares em lixeiras públicas configura infração sanitária, sujeita a multa.

A situação se torna ainda mais preocupante por ter ocorrido em uma área cercada por clínicas, o que reforça a suspeita de que o descarte irregular possa ter sido realizado por algum desses estabelecimentos.

Além de violar normas sanitárias, o descarte inadequado expõe garis a riscos de infecção por hepatites, HIV e outras doenças transmitidas pelo contato com material biológico. A coleta municipal não está autorizada a recolher esse tipo de resíduo, que exige tratamento e transporte específicos.