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Lula diz que será candidato em 2026 e afirma: “Não vou entregar o país de volta para um bando de maluco”

Durante agenda oficial no Ceará nesta sexta-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou sua disposição de disputar a reeleição em 2026. Em um discurso inflamado, Lula fez duras críticas aos adversários políticos, sem citar nomes diretamente, e afirmou que não entregará o comando do país “para um bando de maluco”.

“Pode ter certeza que serei candidato para ganhar as eleições deste país. Porque eu não vou entregar esse país de volta para aquele bando de maluco, que quase destrói esse país nos últimos anos. Pode estar certo disso: eles não voltarão. Eles não voltarão, não é porque o Lula não quer, é porque vocês não vão deixar eles voltarem”, declarou o presidente, sob aplausos da plateia.

Apesar de ainda faltar mais de um ano para o início oficial da corrida eleitoral, Lula tem intensificado sua presença nos estados e adotado um tom cada vez mais eleitoral. Ao falar sobre a disputa de 2026, o petista alertou a população:

“Tem muito candidato na praça. Então, se preparem.”

Essa é uma das declarações mais diretas feitas por Lula até o momento sobre seu desejo de tentar um novo mandato. O presidente, que assumiu em 2023 seu terceiro mandato, já havia deixado a possibilidade em aberto, mas agora sinaliza claramente que pretende disputar novamente.

Embora não tenha citado nomes, as falas de Lula fazem referência ao governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem o petista e aliados costumam responsabilizar por retrocessos sociais, econômicos e na condução da pandemia.

O tom do discurso também evidencia que o Palácio do Planalto já se prepara para uma eleição polarizada, como ocorreu em 2018 e 2022.

Lula esteve no Ceará para anúncios e entrega de obras, mas aproveitou o evento para mandar recados políticos. Com o crescimento das articulações no campo da direita e o surgimento de nomes como Tarcísio de Freitas (SP) e Romeu Zema (MG) como possíveis pré-candidatos, o presidente reforça sua presença no Nordeste, tradicional reduto petista.