A dona de casa Jocicleia da Silva, moradora da zona rural de Porto Acre, denuncia a falta de um profissional mediador para o filho Gabriel, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Deficiência Intelectual, na Escola Municipal Santa Isabel.
Segundo a mãe, o menino enfrenta grandes dificuldades para frequentar as aulas, já que o mediador é essencial para sua adaptação, aprendizado e interação social. “Sem esse apoio, ele fica agitado, não consegue acompanhar as atividades e muitas vezes acaba isolado”, relata Jocicleia.
Ela afirma que o problema persiste desde o início do ano letivo, e, apesar das solicitações feitas à Secretaria Municipal de Educação, nenhuma solução foi apresentada. “A escola tenta ajudar, mas falta estrutura. Já estamos em julho e meu filho não teve quase nenhum avanço”, denuncia.
A ausência do mediador compromete não apenas o desenvolvimento educacional, mas também o bem-estar emocional de Gabriel. O apoio especializado é garantido por lei e faz parte do direito à educação inclusiva.
“Não quero privilégio. Quero apenas que meu filho tenha o que é de direito, que possa estudar como qualquer outra criança”, afirma a mãe.
Enquanto aguarda providências do poder público, Jocicleia segue lutando sozinha para garantir dignidade e inclusão ao filho. O caso expõe mais uma das falhas estruturais da educação pública, especialmente nas áreas rurais e no atendimento a alunos com deficiência.