Nesta sexta-feira, 29, a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Têmis, que visa investigar um suposto crime eleitoral de compra de votos durante o primeiro turno das eleições municipais em Rio Branco. A ação se concentra na apuração de irregularidades que podem ter influenciado o resultado das eleições.
Dez mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em diversos locais da capital acreana, todos expedidos pela Justiça Eleitoral do Acre. O objetivo é aprofundar a investigação e identificar possíveis outros envolvidos na prática delituosa, coletando novas evidências sobre a captação ilícita de eleitores.
Um dos principais alvos da operação é o ex-prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, do MDB, que foi derrotado pelo atual prefeito Tião Bocalom, que concorria à reeleição. A defesa de Marcus Alexandre está na sede da Polícia Federal, buscando informações sobre a operação. Até o momento, apenas o celular do ex-prefeito foi apreendido.
A primeira fase da Operação Têmis ocorreu em setembro deste ano, após a divulgação de um vídeo em que uma suposta líder comunitária oferecia atendimento médico gratuito à população, associando a oferta a um candidato à prefeitura de Rio Branco. Naquela ocasião, seis pessoas foram alvo da investigação.
Com base na análise das provas coletadas na primeira fase, novos envolvidos na suposta trama de compra de votos foram identificados, incluindo um ex-candidato a prefeito e dois ex-candidatos a vereador, sendo que um deles conseguiu ser eleito.
A Operação Têmis segue em andamento, com a Polícia Federal comprometida em esclarecer as circunstâncias das denúncias e garantir a integridade do processo eleitoral.
