O desemprego no Acre teve uma queda significativa, passando de 8,2% para 7,3% em um determinado período, conforme revelado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (15), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O recuo aponta uma melhora consistente no mercado de trabalho local, com mais pessoas inseridas em atividades econômicas, tanto formais quanto informais.

Segundo o levantamento, o estado do Acre conta com cerca de 653 mil pessoas em idade de trabalhar, ou seja, com 14 anos ou mais, conforme os critérios do IBGE. Destas, 350 mil integram a força de trabalho — grupo composto por pessoas ocupadas (que estão trabalhando) e desocupadas (que estão em busca de emprego).

Em contrapartida, 302 mil pessoas estão fora da força de trabalho, ou seja, não estão empregadas nem procurando uma colocação. As razões incluem estudo, aposentadoria, responsabilidades com a família ou até mesmo desmotivação diante do mercado.

Um dos destaques do relatório é o número de pessoas ocupadas no estado: 324 mil indivíduos estão exercendo alguma atividade profissional, o maior número já registrado desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. O crescimento foi de 4,2% em relação ao trimestre anterior, com um acréscimo de 13 mil trabalhadores, e de 5,2% na comparação com o mesmo período do ano passado, o que representa mais 16 mil pessoas ocupadas.

Entre os trabalhadores, 146 mil estão empregados no setor privado, sendo que 85 mil possuem carteira assinada, o que garante acesso a direitos trabalhistas como férias remuneradas, 13º salário e Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

No setor público, 70 mil pessoas atuam como servidores municipais, estaduais ou federais. Já a informalidade atinge 151 mil pessoas, que trabalham sem registro em carteira ou vínculo empregatício formal — grupo que inclui autônomos sem CNPJ e empregados domésticos sem contrato.

O levantamento também revela que o nível de ocupação no Acre é de 49,7%, o que significa que, de cada 100 pessoas em idade de trabalhar, cerca de 50 estão efetivamente ocupadas em alguma atividade econômica.