O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou em entrevista à rede AuriVerde que não depende de ajuda financeira para se manter nos Estados Unidos, onde está desde fevereiro, quando tirou licença do mandato na Câmara dos Deputados. Segundo ele, a permanência no país norte-americano, inicialmente planejada para o Carnaval, acabou se estendendo de forma inesperada.
“Vim passar o Carnaval junto a um amigo nos Estados Unidos e, de repente, não retornei mais para casa”, contou Eduardo. “A gente está conseguindo se virar aqui, graças a Deus tenho o apoio de muita gente boa. Tenho uma reservinha no Brasil que estamos queimando agora”, acrescentou o parlamentar, que mostrou o quarto onde está hospedado, com colchão inflável e estrutura improvisada.
Eduardo disse ainda que, apesar da alta cotação do dólar, tem conseguido manter sua rotina. “Se podem ver aqui, tem um colchão inflável. Tem, enfim, uma estrutura que a gente consegue se virar. Não estou reclamando não. Claro, não é a situação ideal. Se, no futuro, for necessário ficar nos EUA, é pesado. Porque é ‘6 pra 1 o dólar’! Às vezes, muito dinheiro no Brasil não é muito dinheiro aqui [nos EUA], não”, afirmou.
A ida de Eduardo aos EUA ocorre em meio a um pedido do Partido dos Trabalhadores (PT) para a apreensão de seu passaporte, alegando possível tentativa de fuga. O pedido, porém, foi negado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante sua ausência, o cargo de deputado federal pelo PL foi assumido temporariamente pelo Missionário José Olímpio, político veterano de Itu (SP), com passagens por diversos partidos como MDB, PP, DEM e União Brasil. Olímpio já foi vereador por seis mandatos e exerceu dois mandatos como deputado federal.
Mesmo licenciado, Eduardo Bolsonaro recebeu R$ 34.615,76 em março, valor líquido após o desconto de R$ 11.750,43 de Imposto de Renda sobre o salário de R$ 46.366,19.