Rio Branco, AC, 8 de janeiro de 2025 12:09
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Mortes por HIV aumentaram 60% no Acre nos últimos anos, alerta Ministério da Saúde

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O número de mortes causadas pelo vírus HIV cresceu mais de 60% no Acre entre 2022 e 2023, de acordo com um estudo divulgado pelo Ministério da Saúde. Após um período de queda nos óbitos relacionados ao vírus desde 2021, o estado voltou a registrar um aumento expressivo, ultrapassando a marca de 20 casos no último ano.

Em 2023, foram registradas 21 mortes diretamente ligadas ao vírus da imunodeficiência humana (HIV), enquanto em 2022 esse número foi de 13 casos. Apesar da alta recente, o pico mais significativo foi em 2021, com 26 mortes registradas.

Histórico de mortes no estado

Desde os anos 1980 até 2012, o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) registrou 182 mortes relacionadas ao HIV no Acre. Entre 2013 e 2022, esse número subiu para 222, representando um aumento de mais de 31%. O ano de 2018 foi o mais crítico nesse intervalo, com 30 óbitos registrados.

Em termos de taxa de mortalidade, o estado saiu de 1,3 mortes por 100 mil habitantes em 2022 para 2,3 no ano passado. A capital Rio Branco registrou uma taxa de 2,7 óbitos por 100 mil habitantes, a segunda menor entre as capitais brasileiras, ficando à frente apenas de Brasília, que teve índice de 2,2.

Cenário nacional

No Brasil, o panorama foi diferente, com redução nos óbitos por HIV. Em 2023, o Sinan registrou 10.338 mortes, contra 11.062 no ano anterior, uma queda de 6,5%. A taxa nacional de mortalidade chegou a 3,9 mortes por 100 mil habitantes, o menor índice desde 2013.

Ações necessárias

O boletim epidemiológico do Ministério da Saúde reforçou a importância de políticas públicas integradas para enfrentar a doença. “Eliminar tais doenças exige políticas públicas estruturais e ações amplas, que envolvam não apenas o tratamento clínico da condição, mas o acesso à saúde, renda, trabalho, saneamento, inclusão social, enfrentamento ao estigma e preconceito, educação e moradia”, destacou o documento.

O aumento no Acre contrasta com a redução nacional e acende o alerta para o fortalecimento das estratégias de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento, além do combate ao estigma que ainda cerca a doença.