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Na várzea acreana, a Superliga é igual Réveillon; você se arruma em um ano, para comemorar no outro 

Superliga da Várzea perde credibilidade, e desorganização marca torneio que já foi referência no Acre

A Superliga da Várzea, organizada por Nedson, voltou ao centro das discussões no futebol amador acreano, mas, desta vez, pelos motivos errados. O torneio, que já foi sinônimo de organização e referência entre as competições da várzea, hoje enfrenta críticas severas pela falta de planejamento e comprometimento com o calendário.

Um exemplo claro dessa desorganização é a edição mais recente, iniciada em 2024 e concluída apenas em setembro deste ano, em 2025. Durante esse longo período, jogadores e equipes ficaram sem informações precisas sobre datas, rodadas e fases decisivas, especialmente a grande final, que novamente foi marcada por indefinição e sucessivos adiamentos. O que atrapalha não apenas a organização dos times, como o preparo para às competições.

A insatisfação tomou conta de atletas e dirigentes. Muitos afirmam que a Superliga perdeu o prestígio que a tornava o principal torneio do futebol de várzea acreano.

“Já foi um campeonato que todo mundo respeitava, mas hoje ninguém acredita mais nas promessas. Falta palavra, falta organização”, desabafou um jogador que participou da última edição e que por medo de perseguição, preferiu não se identificar.

O contraste com o passado é evidente. A Superliga já foi exemplo de compromisso e respeito com os participantes; hoje, é apontada como um campeonato sem credibilidade, marcado por atrasos, confusão e decisões tomadas em cima da hora. Algo que aparenta seja apenas para promover quem se diz organizar a competição.

Enquanto outras competições amadoras evoluem, com estrutura, calendário definido e cumprimento de regras, a Superliga parece ter ficado presa no tempo. Cresce, assim, o sentimento de que a organização perdeu o controle e a confiança da comunidade da várzea, algo que será difícil de reconquistar.

O recado é claro: a várzea mudou, e quem organiza também precisa mudar.

A Superliga ainda tem história e nome, mas, se quiser voltar a ser respeitada, precisa recuperar algo essencial, a credibilidade, e aprender a respeitar quem faz acontecer; os jogadores.