Natal mais caro? Carnes e frios sobem e pressionam o custo da ceia em Rio Branco
A ceia de Natal de 2025 em Rio Branco apresenta um cenário marcado por contrastes nos preços dos produtos tradicionais. Levantamento realizado pela Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), por meio do Departamento de Estudos, Pesquisas e Indicadores (Deepi), aponta redução significativa em itens básicos, como o arroz, enquanto carnes especiais, frios e bebidas registraram aumentos expressivos, pressionando o orçamento das famílias.
A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 9 de dezembro, em oito estabelecimentos comerciais da capital, incluindo grandes supermercados e redes atacadistas. Ao todo, foram analisados os preços médios de 45 produtos típicos da ceia natalina, distribuídos em seis categorias: alimentação, carnes, frios, frutas, frutas em calda e bebidas. A análise compara os valores praticados em dezembro de 2024 com os de dezembro de 2025.
Na categoria Alimentação, composta por 16 itens, o levantamento identificou comportamento equilibrado: metade dos produtos apresentou redução de preços e a outra metade registrou aumento. O destaque positivo foi o arroz tipo 1, que teve queda histórica de 35,89% no preço médio. Outros itens que também ficaram mais baratos foram o panetone de chocolate (-22,61%) e a farinha de mandioca (-16,61%).
Em sentido oposto, produtos como a azeitona preta com caroço tiveram alta expressiva de 38,98%, seguida pela azeitona verde sem caroço (22,13%). O óleo de soja também apresentou aumento, de 6,07%.
A categoria Carnes concentrou alguns dos maiores aumentos do levantamento. Dos nove itens analisados, seis registraram variação positiva. O bacalhau foi o produto com maior elevação, com aumento de 20,25% no preço médio, seguido pelo peru (12,10%) e pelo chester (11,73%). Em contrapartida, lombo (-0,47%), frango (-0,46%) e pernil sem osso (-0,27%) apresentaram leves reduções.
Nos frios, o queijo se destacou pela redução significativa de 24,02% no preço médio. Já o presunto (7,74%) e o salame (1,07%) tiveram aumento moderado.
Na categoria Frutas, a maioria dos itens analisados apresentou queda de preços. Sete dos nove produtos ficaram mais baratos, com destaque para o melão (-16,49%) e a laranja (-16,07%). Apenas a pera (12,84%) e o abacaxi (7,54%) registraram aumento.
Entre as frutas em calda, houve forte redução no preço do abacaxi (-46,59%) e da ameixa (-2,32%). Em contrapartida, o figo (7,46%) e o pêssego (0,50%) apresentaram elevação.
Já a categoria Bebidas foi marcada por aumento generalizado. Os maiores reajustes ocorreram na sidra (6,69%) e no refrigerante (4,15%).
Outro ponto destacado pelo levantamento é a elevada dispersão de preços entre os estabelecimentos pesquisados em Rio Branco. Em dezembro de 2025, a pera apresentou a maior variação percentual, com diferença de 232,59% entre o menor e o maior preço encontrado. Em produtos de maior valor, como o bacalhau, a variação chegou a 91,19%, enquanto o presunto registrou diferença de 96,65%.
De acordo com a Seplan, apesar da pressão provocada pelas altas em carnes especiais e bebidas, o consumidor pode encontrar oportunidades de economia em itens básicos, como arroz, queijo e panetone de chocolate. A recomendação é realizar pesquisa de preços detalhada antes das compras e planejar com cautela a aquisição de produtos que apresentaram aumentos expressivos.