Novela vertical da Globo gera debate com milhões de visualizações e divide a crítica
A Globo estreou recentemente “Tudo Por Uma Segunda Chance”, sua primeira novela vertical, lançada diretamente nas redes sociais da emissora, provocando um intenso debate sobre a qualidade da produção e o futuro da teledramaturgia nacional.
Concebida para o consumo em telas de celular com episódios curtos de dois a três minutos, a produção dos Estúdios Globo visa capturar o público jovem com conteúdo rápido, já somando milhões de visualizações em poucas semanas.
A estratégia de “microdramas” se mostrou eficaz em números ao posicionar a emissora no mercado de consumo acelerado. A narrativa direta, acelerada e com sucessivas reviravoltas é vista por parte da crítica como um acerto ao abraçar a lógica das redes sociais.
Contudo, o formato também é alvo de críticas que apontam a simplicidade e a superficialidade do roteiro, além de verem na estética vertical e nos cortes rápidos um comprometimento da naturalidade das cenas.
O elenco da novela mistura atores veteranos, como Beth Goulart e Marcos Winter, com nomes jovens. A participação de maior destaque é a da influenciadora Jade Picon, que interpreta a vilã Soraia. No papel, que exige um registro mais projetado e enfático, a personagem tenta eliminar a noiva do herdeiro milionário Lucas (Daniel Rangel), mas acidentalmente envenena o próprio rapaz.
O formato vertical pareceu se adequar ao estilo da atriz, transformando o que era visto como “engessado” em intensidade.
Com um orçamento menor, a novela é avaliada por analistas como um “teste de fogo” e um movimento fundamental da Globo em direção à lógica dos algoritmos e do consumo digital.
O formato está em consolidação, e o Globoplay já planeja investir em novas produções similares, indicando que a era das narrativas curtas e verticais se estabeleceu.