A articulação política entre vereadores da Câmara Municipal de Rio Branco ganhou novos capítulos nesta terça-feira (4), com a formação de dois novos blocos partidários. Inspirados pelo “Bloquinho”, composto por cinco parlamentares que se uniram para fortalecer sua atuação, outros partidos seguiram o exemplo, resultando na criação de alianças entre MDB e PP, e União Brasil e PL.
A reorganização política provocou a suspensão da sessão que votaria a composição das comissões permanentes da Câmara. Segundo o presidente da Casa, Joabe Lira (União Brasil), foi necessário adiar a votação para que o setor jurídico emitisse pareceres sobre a nova configuração dos blocos.
Essa movimentação política beneficia diretamente o prefeito de Rio Branco, Sebastião Bocalom (PL). De acordo com fontes internas, Bocalom utilizou sua influência para postergar a votação, ganhando mais tempo para articular estratégias que garantam o controle das principais comissões legislativas, que desempenham papel central na condução de pautas relevantes para a gestão municipal.
Os blocos recém-formados reforçam o cenário de disputa política na Câmara, onde alianças e estratégias são fundamentais para definir a liderança e o funcionamento das comissões. Enquanto o prefeito busca consolidar apoio, outros vereadores articulam para garantir maior independência do Legislativo em relação ao Executivo.
O adiamento da votação evidencia o peso das manobras políticas no andamento dos trabalhos legislativos. A nova data para a análise das comissões ainda não foi definida, mas a expectativa é de que os blocos recém-formados possam influenciar significativamente os rumos da Câmara de Rio Branco nos próximos meses.